sexta-feira, 17 de março de 2006

“Segredos do Ateliê”




A Diretoria Executiva da
Associação dos Servidores do Banco Central
ASBAC – Brasília

Convida para a inauguração do novo Espaço cultural da ASBAC
Com lançamento do catálogo “Segredos do Ateliê” e exposição
De obras selecionadas – pinturas, cerâmicas e desenho do artista plástico.
Tarciso viriato.

Visitação
17 de março a 2 de abril, de terça a domingo, das 11h às 22h

ASBAC
SCES Trecho 2 conjunto 31


Tarciso Viriato: Segredos do Ateliê


Os trabalhos elaborados por Tarciso Viriato no decorrer de 2005 têm três facetas:
pintura sobre tela, cerâmica e produtos mistos de desenho, colagem e pintura sobre papel-cartão.

As pinturas em tela são de formato médio e grande, variando de 70 x 80 cm a 120x 140 cm, utilizando tinta acrílica. As cerâmicas são feitas a frio, Não vão ao forno; o desenho nelas estampado é quase sempre caótico e repleto de referências iconográficas alçadas das cavernas da memória.
Além dessas cerâmicas, uma faceta quase nova do autor é formada pelas obras sobre papel-cartão com técnica mista.
Neste trabalho sobre papel-cartão, o próprio papel que serve de suporte passa a fazer parte da obra ao lado dos desenhos e colagens, aparecendo em alguns momentos ate mesmo em primeiro plano, quando se deixa revelar a sua natureza, textura ou pigmentação, como se passasse a protagonista da cena concebida. Nessa aventura, o autor utiliza tinta acrílica, wax oil, lápis dermatográfico e colagens. Os trabalhos medem 24 x 33 cm, como se quisessem ser portáteis.
Procurando focalizar as cenas nos anos 60, marcantes para a geração do autor. Utilizam imagens pop de ícones importantes dessa era, como John Lennon, Paul McCartney e Marilyn Monroe, a namoradinha dos americanos e do Presidente John F.Kennedy.
Da perspectiva do autor, grande diferença no exercício do fazer a pintura em tela e a cerâmica consiste no movimento do braço, no manejo a distância da tela e próximo da peça.


A pintura é realizada no cavalete, com gestos longos e pinceladas generosas, onde o braço constitui uma alavanca que, sustentando a mão, propicia movimentos longos ou contidos, conforme a necessidade. No bom pintor, o movimento se torna gesto na ponta do pincel; ele se carrega de significação. Há um bailado que vai formando passos, poses e piruetas em forma de cores abundantes, como se a tela fosse um palco. Ao espectador cabe o prazer de admirar a coreografia, imaginar o que possa significar.

Na execução da pintura sobre cerâmica, o trabalho exige uma intimidade maior com a peça. Após a definição do plano de desenho do novo rosto que a peça irá ostentar, levando em conta as dimensões e formas que cada peça apresenta, o resultado depende da destreza da mão e da imaginação da mente. Devido à forma circular da peça, oposta ao caráter plano da tela, não se opera mais num plano único: é como se o pintor tivesse de pintar também o outro lado da tela, mais as beiras que unem os dois lados de modo extenso. Trabalha-se uma no forma no espaço com várias faces, curvas e reentrância, sem contar o espaço interior, o espaço do mistério que ai fica envolto. No primeiro estagio, o trabalho é feito no colo do artista, como se peça fosse uma criança a ser alimentada. O artista vê a obra crescendo no seu colo até tornar adulta e, completa, pode seguir a sua própria vida, independente. Ele fica na saudade do filho que se foi.
Brasília,fevereiro de 2006
Prof.Dr.Flávio R.Kothe
ProfessorTitular de Estética

Universidade de Brasília



Ficha técnica
Patrocinio-Fundo da arte e da cultura.FAC/SEC/GDF
Projeto gráfico-Eye Desingn.wwweyedesgn.com.br
Fotógrafo-Nicolau El-Moor
Assessoria de Produção-Aline Viriato
Tradução-Solange Pedroza
Impressão-Cidade Gráfica e Editora


Contatos
Website-www.tarcisoviriato.com
E-mail-tarciso@tarcisoviriato.com
Celular-61 99796145

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