quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O Espaço Cultural Conteporânio apresenta

Foram inauguradas no dia 29 de agosto de 2007, quarta-feira, às 20h, no Espaço Cultural Contemporâneo - ECCO, duas exposições individuais de artistas brasilienses, “Paisagens Instáveis”, de Elder Rocha e “Miserere Nobis”, de Resa, ambas com curadoria de Marília Panitz.
SOBRE AS EXPOSIÇÕES

Paisagens Instáveis, de ELDER ROCHA
Utilizando um procedimento similar à colagem, Elder Rocha constrói suas imagens a partir de apropriação, transformando, superpondo e deformando imagens encontradas, principalmente de um software chamado “Masterclips Premium Image Collection”, e construindo novas resignificando a cultura visual planetária.

O artista “manifesta inquietações que atravessam sua própria história e que são, ao mesmo tempo, perpassadas pela história da pintura contemporânea, por meio da função exercida pelos seus elementos fundantes, relacionados em sua própria linguagem pictórica: a bi-dimensionalidade, cor e forma, com as quais alicerça a memória e o conhecimento, o racional e o delírio, a sonoridade e o silêncio.” (fragmentos de Elder Rocha: Pintura em territórios oscilantes, texto de Grace de Freitas para catálogo da exposição A TV ligou só, Fundação Jaime Câmara, Goiânia, 2006).
O artista complementa em texto intitulado Ver e saber de 2007:“Há um período da nossa vida, bem no início, quando quase tudo o que entendemos do mundo nos é informado através da visualidade, este momento é aquele que precede o aprendizado do verbo e nele nós vemos o
mundo e o entendemos sem necessidade de racionalizações de tipo verbal. Este tipo de compreensão deixa de ser habitual e passa até ser negado por nós ao crescermos; esta primeira forma intuitiva e natural de compreender o mundo através da visualidade deixa de ser a única e acabamos por nos habituar a uma transcrição da imagem para a linguagem verbal, assim deixamos de ver para ler imagens.
Imagens cujo conteúdo possa ser apreendido integralmente pela visão me fazem falta; no meu trabalho me dedico a tentar impedir esta leitura que necessita de transcrição entre linguagens para privilegiar a visão pura como forma de acesso a arte visual e assim restabelecer um relacionamento mais intuitivo, emocional e criativo com imagens nas quais a única narrativa intencionada é a da construção do próprio trabalho”.

Miserere Nobis, de RESA

Resa trabalha sobre o branco. Suas colagens/montagens pagam tributo às raízes construtivas e surrealistas. Portam sempre uma tensão entre a limpeza, o vazio da base branca, e a inscrição do volume/cor que, embora se apresente com a força de imagens sempre carregadas de simbologia da nossa cultura – das balas (perdidas) aos anjos reproduzidos, ad infinitum, em moldes de gesso – o que sugere a violência herança barroca brasileira (naquilo que ela tem de fusão entre as raízes culturais européias e africanas), tem sempre o rebaixamento da predominância desse branco, que escapa da base e se instaura sobre os muitos objetos organizados nas casas/oratórios.
Por outro lado, seu trabalho tem o viés autobiográfico que demanda uma outra abordagem. A série dos pequenos oratórios propõe-se como narrativas compactas que misturam sua infância no interior de Minas Gerais dentro do catolicismo, sua condição de filho de um socialista e referência ao Rio de Janeiro, sua cidade natal, para onde o artista volta recorrentemente seu olhar de cronista.
Existem dois aspectos importantes para a leitura das obras: um diz respeito ao humor cáustico que perpassa os oratórios (assim como suas séries anteriores). A tragédia presente se decompõe sob a ótica de um certo cinismo, que contraditoriamente, provoca o observador a penetrá-la
em uma referência à sabedoria popular onde se mostra que certos delírios só podem ser visualizados em um samba. O outro se refere ao lugar que Resa escolheu ocupar, entre o poeta e o artista visual (ele afirma a sua proximidade maior aos poetas, enquanto produz seus objetivos). Nesse sentido, ele faz um tributo, com Misere Nobis, ao padre-poeta Anchieta, inscrevendo sua inspiração na areia, pura evanescência.
Resa afirma: “(...) ali dentro, coloco não só algumas objeções que faço à igreja católica como cito minhas visões revoltadas, cínicas, roqueiras, sambistas, nilistas às vezes, ou seja, incrédulas.
Basicamente, o oratório é uma espécie de papel em branco, uma tela, um pouco de barro, ou seja, uma base para que eu venha a pensar sobre o que me envolve, na medida em que fui de certa forma envolvido por isso desde a minha infância.”

Resa
Exposições individuais paralelas:
Paisagens Instáveis, de Elder Rocha (Galeria I)
Miserere Nobis, de Resa (Galeria II)
Abertura: quarta-feira, 29 de agosto de 2007, às 20h - Visita guiada, às 19h30.
Visitação
Até 07 de outubro de 2007, terça a domingo das 9h às 19h
Inscrições e agendamento de visitas: 61.33272027 ramais 28, 29 ou 31.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A Arte Popular

Da terra dos Guerreiros de terracota Brasília 2007.


Na antiguidade, a província de Shaanxi, terra natal dos Guerreiros e Cavalos em terracota, era chamada de Qin. Ela se localiza entre as curvas do trecho central do rio Amarelo e é conhecida como o museu da história natural da China e o berço da civilização chinesa. Ao longo, catorze dinastias tiveram sua capital ali, inclusive à dinastia Zhou (século XI a.C. -256 d.C.), durante a qual a China estabeleu seu padrão de governo civilizado; a dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.), durante a qual a China abriu as portas da amizade para o mundo com a famosa Rota da Seda; a dinastia Tang (6187 d.C. 907), quando o feudalismo e as trocas internacionais atingiram seu apogeu.


Hoje, Shaanxi orgulha-se de suas ricas relíquias culturais, do seu modo de vida simples, dos costumes folclóricos ímpares e dos abundantes recursos culturais e naturais. Os ricos recursos da cultura, tanto a tradicional, quanto à moderna, são grandes atrações para quem visita essa província.



Esta exposição exibe recortes em papéis, estampas xilográficas de Ano-Novo Chinês, máscaras, bordado popular, esculturas de argila, pipas, pintura de camponeses, colheres com máscara, figuras do teatro de sombra e algumas reproduções de relíquias culturais.

Gerente da caixa cultural Brasilia Sônia Schuitek e Embaixador Jiang Yuande

A Arte Popular
Da terra dos Guerreiros de terracota
Visitação
25 de agosto a 23 de setembro de 2007.
Terça-feira a domingo das 9 às 21 horas
CAIXA CULTURAL-Brasília
Galeria Vitrine

SBS Quadra 4 lotes ¾- Brasília/DF
Telefones: 3206-9450 e 32069448
http://www.caixacultural.com.br/
caixacultural@caixa.gov.br