EXPOSIÇÃO REVELA ÁFRICA NEGRA
200 objetos trazidos da parte Ocidental do continente africano compõem acervo da mostra no shopping CasaPark
O CasaPark apresenta, de 07 de novembro a 10 de dezembro, a exposição “África Negra”, mostra que reúne objetos da chamada África Negra, dos países localizados na parte ocidental do continente africano. São mais de 200 objetos trazidos de países como Camarões, Gabão, Nigéria, Costa do Marfim, Gana, Guiné, Mali, Burkina Fasso e Congo, dentre outros.
As peças são produzidas por diversas etnias como dan, baule e guro da Costa do Marfim, baga, da Guiné, bambara, do Mali e bamileke, dos Camarões. Os objetos revelam mais do que a arte africana. Demonstram o próprio modo de vida, costumes e tradições de vários povos do continente negro.

A idéia da mostra partiu dos colecionadores Adilson Falcão e Bernardo Amado Figueiredo, a partir de uma primeira viagem ao continente africano, há seis anos. Naqueles 40 dias e nos anos subseqüentes, a paixão pelas formas e cores dos objetos africanos cresceu e culminou em um acervo riquíssimo, composto de máscaras, estatuetas, bancos, potes, tecidos e muito mais. Uma parte dessas maravilhas estará exibida na mostra “África Negra”, sob a curadoria de Eduardo Machado e Tânia Caldas.
O brasileiro desconhece a beleza da arte africana e a influência que os objetos africanos tiveram nos movimentos artísticos do século XX. “A arte africana que se conhece no Brasil é a arte yorubá, vinda principalmente da Nigéria. Nosso objetivo é mostrar que a arte africana é bem mais ampla, afinal existem mais de 900 etnias”, explica Bernardo.
A criatividade e o imaginário da cultura africana possuem um forte impacto visual e decorativo que influenciou profundamente certas correntes da Arte Contemporânea, tanto no Brasil quanto no exterior – Picasso bebeu dessa fonte. Compreender essa influência é reconhecer a contribuição da Arte Africana para a criação e o desenvolvimento de novas formas artísticas.
Quem vê a exposição também percebe um ponto que chama a atenção. Quase todos os itens têm uma utilidade. São grandes colheres de madeira minuciosamente esculpidas, vasilhames cuidadosamente planejados, tecidos cuidadosamente construídos. Até as máscaras têm um objetivo: são usadas nas festividades, rituais ou comemorações para marcar os ciclos da vida. “Ao contrário do Brasil, não há na África o conceito de arte pela arte. Aqui, para ser artístico um objeto precisa ser belo. Lá, a arte é normalmente utilitária ou ritual. Eles não separam a arte e o belo do dia-a-dia”, diz Adilson.
Algumas peças se destacam. Uma escultura em madeira que simboliza a unidade familiar, feita pela etnia ashanti, de Gana. A peça, talhada num mesmo tronco, sem emendas, traz vários homens entrelaçados. Eles representam a família e, apesar de estarem juntos, conservam a sua individualidade. Outras peças que chamam a atenção são as máscaras alongadas da etnia fang, coloridas por natureza, utilizadas para proteger as aldeias de visitantes indesejados. Há também a boneca Akwaba, a boneca da fertilidade. As mulheres grávidas deviam embalar a boneca nos braços durante os nove meses de gestação. O objetivo do ritual é fazer com que as mães tenham filhos saudáveis e com físico perfeito. Os tecidos do Mali, tingidos com argila em tons branco, preto e marrom, são também outro exemplo da concisão, beleza e força da arte africana.
Uma boa oportunidade para conhecer a magia, o design e a beleza dos objetos de arte africana.
Exposição África Negra
Local: CasaPark, 1º piso
Data: 07 de novembro a 10 de dezembro
Segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingo, das 12 às 20h.
Entrada franca
Local: CasaPark, 1º piso
Data: 07 de novembro a 10 de dezembro
Segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingo, das 12 às 20h.
Entrada franca
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